Como é feita a tipagem reversa?
A tipagem sanguínea reversa é uma técnica realizada em laboratórios de análises clínicas para determinar os tipos sanguíneos dos pacientes e garantir transfusões seguras e compatíveis. Você profissional das análises clínicas, já realizou esse exame ou sabe como realizar? Neste post, exploraremos em detalhes como a tipagem sanguínea reversa é realizada e sua importância clínica.
Como é Realizada a Tipagem Sanguínea Reversa?
Em síntese, a tipagem sanguínea reversa envolve a mistura do plasma do paciente com hemácias de tipos sanguíneos conhecidos (A, B, AB e O) em uma placa de microtitulação ou tubos de ensaio.
A técnica é realizada em várias etapas:
- Preparação dos Reagentes: Primeramente, as hemácias dos tipos A, B, AB e O são lavadas e ressuspendidas em solução salina.
- Mistura de Amostras: Em seguida, pequenas quantidades de plasma do paciente são misturadas com as hemácias de cada tipo sanguíneo em diferentes poços ou tubos.
- Incubação: As misturas são então incubadas a uma temperatura específica para permitir a reação entre os anticorpos do plasma do paciente e as hemácias adicionadas.
- Interpretação dos Resultados: Após a incubação, os poços ou tubos são observados visualmente para aglutinação, indicando a presença de anticorpos no plasma do paciente contra o tipo sanguíneo misturado. A aglutinação positiva indica incompatibilidade entre o plasma do paciente e o tipo sanguíneo misturado, enquanto a ausência de aglutinação indica compatibilidade.
Importância Clínica
Em suma, a tipagem sanguínea reversa é uma etapa fundamental na determinação da compatibilidade sanguínea antes de uma transfusão de sangue. É especialmente crucial em pacientes que receberam múltiplas transfusões de sangue, mulheres grávidas, pacientes com doença falciforme e pacientes que necessitam de transplante de órgãos. Portanto, a identificação de anticorpos no plasma do paciente é essencial para evitar reações transfusionais graves.