O que é coloração de gram?

Na microbiologia, provavelmente você já ouviu falar em coloração de gram. Mas afinal, o que é e pra que serve a coloração de gram? É muito comum diferenciar as bactérias entre Gram-positivas e Gram-negativas.

A coloração de gram foi desenvolvida pelo cientista e bacteriologista Hans Christian Gram e ela é utilizada para diferenciar as bactérias gram-positivas das gram-negativas. Ela se basea na coloração de estruturas bacterianas por corantes específicos. Neste post, exploraremos as diferenças entre esses tipos de bactérias destacando suas características estruturais e implicações clínicas.

O que são bactérias Gram-positivas?

As bactérias Gram-positivas são caracterizadas por sua capacidade de reter o corante violeta de cristal na coloração de Gram, mesmo após o uso do descorante, adquirindo uma coloração roxa. Isso ocorre devido à presença de uma espessa camada de peptideoglicano em sua parede celular. Essas bactérias têm uma única membrana plasmática e geralmente não possuem uma membrana externa. Além disso, possuem moléculas de ácido lipoteicóico inseridas na camada de peptideoglicano, favorecendo a adesão.

a imagem mostra a estrutura da bactéria gram-positiva de acordo com a coloração de gram

As bactérias Gram-positivas exibem uma variedade de formas e incluem espécies como Staphylococcus aureus e Streptococcus pyogenes. Elas tendem a ser mais sensíveis a certos tipos de antibióticos que atuam no peptidoglicano, como a penicilina.

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E as bactérias Gram-negativas?

As bactérias Gram-negativas, por outro lado, não retêm o corante violeta de cristal após o uso do descorante porque a camada de peptídeoglicano é muito fina. Posteriormente, elas são coradas pelo segundo corante, a fucsina, adquirindo uma coloração avermelhada/rosa. Isso ocorre porque possuem uma camada de peptidoglicano mais fina em sua parede celular, além de uma membrana externa composta por lipopolissacarídeos (LPS).

Essas bactérias possuem uma membrana plasmática interna e uma membrana externa, que atua como uma barreira adicional. A presença do LPS confere às bactérias Gram-negativas características específicas, como resistência a alguns antibióticos e a capacidade de causar respostas inflamatórias mais intensas.

Exemplos de bactérias Gram-negativas: Escherichia coli e Pseudomonas aeruginosa. Essas bactérias podem ser mais difíceis de tratar devido à sua estrutura complexa e à resistência aos antibióticos.

As diferenças entre as bactérias Gram-positivas e Gram-negativas têm implicações clínicas significativas, principalmente no que diz respeito ao tratamento e a resposta imune desencadeada.

Em suma, a classificação das bactérias em Gram-positivas e Gram-negativas é uma ferramenta importante para entender suas características estruturais e implicações clínicas. A diferença reside principalmente na composição da parede celular e na presença ou ausência de membrana externa. Essas distinções têm implicações na resistência a antibióticos e patogenicidade.

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Referências bibliográficas:

TORTORA, G. J.; FUNKE, B. R.; CASE, C. L. Microbiology: An Introduction. 13th edition. San Francisco: Pearson, 2018.