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O que se sabe até o momento sobre a Mpox?

A Mpox, anteriormente conhecida como varíola dos macacos, é uma doença causada pelo vírus Mpox (MPXV), pertencente ao gênero Orthopoxvirus e à família Poxviridae. Essa é uma zoonose viral que se manifesta principalmente por meio de erupções cutâneas ou lesões na pele, geralmente localizadas no rosto, nas palmas das mãos e nas solas dos pés.

Transmissão da Mpox

A transmissão tradicional da mpox ocorre principalmente por contato direto ou indireto com sangue, fluidos corporais, lesões cutâneas ou mucosas de animais infectados. A transmissão secundária, ou seja, de pessoa para pessoa, pode acontecer através do contato direto ou indireto com a erupção cutânea, fluidos corporais (como pus ou sangue de lesões), sendo que as crostas das lesões são especialmente contagiosas. Objetos como roupas, roupas de cama, toalhas ou utensílios de cozinha contaminados pelo vírus também podem ser veículos de transmissão. Além disso, o vírus pode ser transmitido de uma gestante para o feto através da placenta, ou de um progenitor infectado para a criança durante ou após o nascimento, pelo contato pele a pele. Ainda não está confirmado se pessoas assintomáticas podem transmitir a doença.

Diagnóstico

O diagnóstico da Mpox é feito através de exames laboratoriais, como por exemplo testes moleculares ou sequenciamento genético. Pacientes suspeitos da doença devem ser testados, com amostras coletadas preferencialmente da secreção das lesões cutâneas. Caso as lesões já estejam secas, as crostas são coletadas para análise. No Brasil, essas amostras são enviadas para laboratórios de referência.

Tratamento

De fato, não existem tratamentos específicos para a infecção pelo vírus Mpox. Apesar disso, em geral, os sintomas desaparecem espontaneamente, sem necessidade de intervenção médica. Nesse sentido, o manejo clínico visa aliviar os sintomas, tratar complicações e prevenir sequelas de longo prazo. É recomendado cuidar das erupções cutâneas, deixando-as secar ou cobrindo-as com curativos úmidos, conforme necessário. Deve-se evitar tocar nas feridas, especialmente nas áreas da boca e dos olhos, sendo possível o uso de enxaguantes bucais e colírios, desde que não contenham cortisona. Um antiviral chamado tecovirimat (TPOXX), originalmente desenvolvido para tratar a varíola, foi aprovado para o tratamento da Mpox em janeiro de 2022.

Prevenção

Em suma, a prevenção inclui evitar o contato com pessoas infectadas ou materiais contaminados, e o uso de antivirais, como o tecovirimat, em casos específicos.

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Referência bibliográfica:

  1. Organização Mundial da Saúde (OMS) – Informação sobre mpox e estratégias de controle.
  2. Centers for Disease Control and Prevention (CDC) – Dados sobre transmissão, diagnóstico e tratamento de mpox.
  3. Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) – Diretrizes para o diagnóstico e tratamento da mpox no Brasil.
Mpox