Tubos de coleta e seus anticoagulantes
Durante a rotina laboratorial, a correta escolha do tubo de coleta de sangue pode parecer um detalhe, mas é um dos pontos mais críticos para garantir a qualidade dos exames e a segurança do paciente. Cada um dos tubos possuem uma tampa com uma cor específica, que indica o tipo de aditivo presente em seu interior, como anticoagulantes ou ativadores de coágulos.
Escolher o tubo errado ou usá-lo de maneira inadequada pode levar a resultados imprecisos, necessidade de nova coleta ou, em casos mais graves, decisões clínicas equivocadas.
Cores dos tubos e suas funções
Abaixo, você confere os tubos mais comuns na coleta laboratorial e suas respectivas aplicações:
Tampa Azul (Citrato de Sódio)
Função: Anticoagulante que atua quelando cálcio
Usado em: Coagulação (TP, TTPA, fibrinogênio)
Observação: Deve ser preenchido até a marcação para manter a proporção correta sangue/anticoagulante
Tampa Vermelha (Sem aditivo ou com ativador de coágulo)
Função: Coágulo natural (soro)
Usado em: Sorologia, bioquímica, testes hormonais
Observação: Requer tempo de coagulação antes da centrifugação
Tampa Amarela (SST – Gel separador + ativador de coágulo)
Função: Separa o soro após a centrifugação
Usado em: Bioquímica, testes hormonais, imunologia
Observação: A gelatina impede a contaminação do soro com as células
Tampa Roxa (EDTA)
Função: Anticoagulante que inibe o cálcio
Usado em: Hemograma, tipagem sanguínea, esfregaço
Observação: Deve ser bem homogeneizado; ideal para preservar morfologia celular
Tampa Verde (Heparina)
Função: Anticoagulante que ativa antitrombina III
Usado em: Gasometria, testes de amônia, eletrólitos
Observação: Pode interferir em algumas análises bioquímicas
Tampa Cinza (Citrato – proporção diferente)
Função: Semelhante ao tubo azul, mas com proporção específica para VHS
Usado em: Velocidade de hemossedimentação
Observação: Deve ser utilizado exclusivamente para essa finalidade
A importância da ordem dos tubos na coleta
Além de saber a função de cada tubo, o profissional precisa estar atento à ordem correta de coleta, para evitar contaminação cruzada entre aditivos. Por exemplo, o sangue colhido em um tubo com EDTA (roxo) não pode contaminar um tubo de coagulação, pois isso pode comprometer totalmente os resultados.
A ordem correta utilizada universalmente é: Tubo azul > Tubo vermelho ou amarelo > Tubo verde > Tubo roxo > Tubo cinza. Abaixo disponibilizamos um macete para você lembrar da ordem.

Muito além da teoria: a prática faz a diferença
Saber os conteúdos acima é o mínimo esperado de um bom profissional. Mas na prática, é comum encontrar dificuldades: mistura inadequada, tubos mal rotulados, inversão na ordem de coleta, ou até o uso incorreto do tipo de tubo, situações que impactam diretamente na confiabilidade do exame.
Por isso, a formação prática em coleta venosa é indispensável para quem deseja atuar com precisão e segurança.
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