Como se tornar um perito criminal?

Eu sei que trabalhar como perito criminal é o sonho de muitos estudantes de biomedicina e biomédicos. Isso porque o campo da perícia criminal oferece um vasto leque de oportunidades para profissionais da saúde, incluindo biomédicos. Hoje, vamos explorar como um biomédico pode se tornar um perito criminal e as diversas funções que podem desempenhar nessa área.

Qual é a formação necessária para trabalhar como perito criminal?

Para que um biomédico possa atuar como perito criminal, é essencial que ele tenha uma formação em uma graduação em Biomedicina reconhecida pelo MEC. Porteriormente, é comum que esses profissionais façam cursos adicionais como especializações ou cursos específicos em áreas como criminalística, toxicologia forense, genética forense, entre outros. Esses cursos fornecem o conhecimento necessário para aplicar princípios científicos à investigação de crimes. Além disso, é comum também que o profissional busque cursos preparatórios para realizar o concurso público, que consiste em uma etapa essencial e indispensável para assumir este cargo.

Quais as áreas de atuação de um perito criminal?

Os biomédicos podem atuar em diversas áreas dentro da perícia criminal, algumas das quais incluem:

  1. Análises laboratoriais: Biomédicos podem trabalhar em laboratórios forenses realizando análises de substâncias biológicas (sangue, saliva, sêmen, etc.), toxinas, drogas e outros materiais que possam estar envolvidos em investigações criminais. Por certo, essas análises podem ajudar a identificar substâncias tóxicas, detectar a presença de drogas ou confirmar a identidade de um suspeito através de amostras de DNA.
  2. Genética forense: Utilizando técnicas avançadas de biologia molecular, os biomédicos podem extrair e analisar DNA de amostras coletadas em cenas de crime. Inegavelmente, a comparação de perfis genéticos pode ligar suspeitos a cenas de crime ou excluir indivíduos inocentes, sendo uma ferramenta crucial na investigação criminal.
  3. Toxicologia forense: Biomédicos especializados em toxicologia forense analisam amostras biológicas para detectar a presença de substâncias tóxicas ou drogas. Isso pode ser fundamental para determinar a causa da morte em casos de suspeita de envenenamento ou overdose.
  4. Histopatologia forense: Nesta área, biomédicos realizam a análise microscópica de tecidos para ajudar a determinar a causa e o momento da morte, bem como identificar lesões e doenças que possam ter contribuído para a morte de uma vítima.

Processos e técnicas

Os biomédicos aplicam diversos métodos e técnicas científicas em seu trabalho como peritos criminais. A coleta e preservação de evidências biológicas são feitas seguindo rigorosos protocolos para evitar a contaminação. A análise laboratorial envolve uma série de procedimentos padronizados, como PCR (reação em cadeia da polimerase) para amplificação de DNA, espectrometria de massa para análise de substâncias químicas, e técnicas de imunohistoquímica para identificar proteínas específicas em amostras de tecidos.

Colaboração interdisciplinar

O trabalho de um perito criminal não é feito isoladamente. Biomédicos colaboram estreitamente com outros profissionais da área forense, incluindo médicos legistas, toxicologistas, químicos forenses, e investigadores de cenas de crime. Essa colaboração é essencial para garantir que todas as evidências sejam corretamente interpretadas e que as conclusões sejam cientificamente fundamentadas.

Contribuição para a justiça

A atuação de biomédicos como peritos criminais é crucial para o sistema de justiça. Eles fornecem provas científicas que podem ser utilizadas em tribunais para apoiar a acusação ou a defesa, garantindo que decisões judiciais sejam baseadas em evidências concretas e confiáveis. Além disso, ajudam a esclarecer circunstâncias de crimes, contribuindo para a resolução de casos e a segurança da sociedade.

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