O que sabemos sobre a nova variante Éris?


Você profissional da saúde ficou preocupado ou até mesmo confuso com as notíficas dos últimos dias sobre a nova variante Éris? Fique tranquilo porque fizemos um resumo com as principais informações que você precisa saber.

Antes de mais nada, devemos levar em consideração que o SARS-CoV-2, o vírus da COVID-19, é um vírus que continuará circulando pelo mundo todo. E assim como o vírus da gripe, ele está sofrendo mutações de forma constante. E isso é algo que não podemos controlar. O que está ao nosso alcance é continuar os estudos acerca desse vírus e das vacinas, para que a situação não saia no controle. Portanto, nosso entendimento da COVID-19 continuará evoluindo à medida que novas variantes do vírus surgirem.

Qual a origem da variante Éris?

A variante Éris, é uma subvariante da ômicron, e é também chamada de EG.5. Ela foi notificada pela primeira vez no dia 17 de fevereiro de 2023 na Indonésia e já foram noticiados casos em 51 países. No Brasil, o primeiro caso já foi oficialmente confirmado e a paciente já está curada e passa bem. Essa subvariante da ômicron apresenta uma mutação de aminoácidos F456L na proteína spike, o que proporciona alguns mecanismos de evasão do sistema imune.

Quais são os sintomas?

Em geral, os sintomas consistem em coriza, espirro, tosse seca, febre e dor de garganta.

Essa variante é mais transmissível?

Uma das preocupações iniciais sempre que uma nova variante é anunciada é a sua transmissibilidade. Em relação a Éris, estudos preliminares sugerem que essa variante pode se espalhar mais facilmente entre as pessoas em comparação com as variantes anteriores, assim como a variante ômicron. Além disso, essa variante foi classificada como sendo uma “variante de interesse” e “de baixo risco”. Isso significa que ela está sendo monitorada, mas até o momento, não apresenta alto risco para a população.

As vacinas são eficazes contra a variante Éris?

Há um interesse significativo em entender como as vacinas atuais respondem à variante Éris. Embora algumas mutações presentes na proteína spike dessa variante possam afetar a eficácia das vacinas, os estudos iniciais indicam que as vacinas ainda oferecem proteção contra a doença grave e hospitalização causada pela variante Éris. Porém, é sempre importante destacar que para que a vacina seja eficaz, o indivíduo deve estar com o esquema vacinal completo e sempre tomar doses de reforço quando elas estiverem disponíveis.

Essa variante causa casos mais graves?

As informações até o momento sobre a gravidade dos casos causados pela variante Éris são em pessoas que não completaram o esquema vacinal. Portanto, de acordo com as evidências até o momento, as vacinas são sim eficazes para evitar casos graves e hospitalizações.

Quais são as medidas de prevenção necessárias?

Ainda que a variante Éris apresente novos desafios, as medidas de prevenção continuam sendo eficazes. Nesse contexto, o uso de máscaras tem sido amplamente discutido. No entanto, segundo o último comunicado da OMS, não há necessidade de voltarmos a usar máscaras.

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Referências bibliográficas:

Dyer O. Covid-19: Infections climb globally as EG.5 variant gains ground. BMJ, v. 382, 2023.