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Imunidade ativa e passiva: qual a diferença?

No vasto e complexo mundo da imunologia, dois termos fundamentais se destacam: imunidade ativa e passiva. Você aprendeu a diferença nas aulas de imunologia? Se lembra ou sabe explicar? Embora ambas estejam relacionados à defesa, eles funcionam de maneiras diferentes. Vamos descomplicar esses conceitos e relembrar as principais características da imunidade ativa e passiva.

Imunidade Passiva: Uma Proteção Temporária

A imunidade passiva ocorre quando um indivíduo recebe anticorpos já formados, prontos para combater determinado antígeno, vindos de uma fonte externa. Ou seja, ao inves de produzi-los, o indivíduo os recebe de alguma forma. Isso pode acontecer naturalmente, por exemplo, na transferência de anticorpos da mãe para o feto durante a gestação ou durante a amamentação. Além disso, a imunidade passiva também pode ser adquirida artificialmente por meio da administração de soro contendo anticorpos específicos, como no caso do tratamento de peçonhas.

É importante ressaltar que a imunidade passiva oferece uma proteção imediata, mas temporária. Como os anticorpos não são produzidos pelo nosso sistema imune, sua presença no organismo diminui ao longo do tempo, resultando em uma proteção de curto prazo. E por fim, não haverá geração de memória, ou seja, se o organismo entrar em contato novamente com aquele patógeno, ele não saberá como se defender.

Imunidade Ativa: a geração da memória imunológica

A imunidade ativa, por outro lado, envolve o sistema imunológico do indivíduo respondendo a um antígeno e produzindo seus próprios anticorpos. Isso pode ocorrer naturalmente, quando uma pessoa entra em contato com um patógeno e desenvolve uma resposta imune que resulta na produção de anticorpos específicos para combater o patógeno. Além disso, a imunidade ativa também pode ser adquirida por meio de vacinas, que contêm antígenos inativos ou enfraquecidos para estimular uma resposta imune sem causar a doença.

Uma das principais vantagens da imunidade ativa é que ela confere uma proteção duradoura, a chamada memória imunológica. O sistema imunológico “aprende” a reconhecer e combater o patógeno, e a memória imunológica permite uma resposta mais rápida e eficaz se a exposição ao patógeno ocorrer novamente no futuro. Em segundo lugar, a imunidade ativa é mais específica visto que os anticorpos foram produzidos especificamente e diretamente contra aquele antígeno.

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Referências Bibliográficas:

ABBAS, Abul K.; PILLAI, Shiv; LICHTMAN, Andrew H.. Imunologia celular e molecular. 9ª ed, Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2019, 565 p.

MURPHY, K. Imunobiologia de Janeway. 8ª ed, Porto Alegre: Artmed, 2014, 888 p.