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Como funciona o Western blot?

A técnica de Western blot, também conhecida como imunoblotting, é uma poderosa ferramenta utilizada em biologia molecular para detectar e analisar proteínas específicas em uma amostra biológica. Seu nome é uma homenagem à técnica original de Southern blot, usada para detectar DNA, e ao método de Northern blot, usado para detectar RNA.

Como funciona o Western blot?

Em síntese, o Western blot começa com a separação das proteínas presentes em uma amostra biológica através de eletroforese em gel. Geralmente, é utilizado o gel de poliacrilamida, no qual as proteínas são separadas com base em seu peso molecular. Após a separação, as proteínas são transferidas do gel para uma membrana sólida, como a membrana de nitrocelulose ou PVDF (fluoretada de polivinilideno), mantendo sua disposição original no gel.

Em seguida, a etapa crucial e distintiva do Western blot é a detecção da proteína de interesse na membrana. Isso é feito por meio da incubação da membrana com anticorpos específicos que reconhecem a proteína-alvo. Dessa maneira, esses anticorpos primários se ligam à proteína desejada. Posteriormente, a membrana é lavada para remover os anticorpos não ligados.

Para visualizar a proteína de interesse, a membrana é então incubada com anticorpos secundários. Esses anticorpos são conjugados a enzimas ou marcadores fluorescentes a fim de permitir a detecção da proteína. Quando a enzima entra então em contato com um substrato específico, ocorre uma reação que revela a presença da proteína-alvo na membrana.

a imagem mostra o passo a passo da técnica de Western blot
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Utilização da técnica

O Western blot é uma ferramenta essencial em laboratórios de pesquisa biomédica e é amplamente utilizado para uma variedade de propósitos:

  1. Identificação de Proteínas Específicas: Permite a identificação e a análise quantitativa de proteínas específicas em uma amostra biológica. Isso é crucial para entender a expressão proteica em diferentes condições fisiológicas ou patológicas.
  2. Diagnóstico Médico: É usado em diagnósticos clínicos a fim de detectar a presença de proteínas específicas, como por exemplo, marcadores tumorais ou proteínas virais, auxiliando no diagnóstico de doenças.
  3. Pesquisa em Biologia Molecular e Celular: Ajuda na compreensão dos processos biológicos, como vias de sinalização celular, interações proteína-proteína e expressão gênica.
  4. Validação de Resultados de Outras Técnicas: Por fim, pode ser empregado para confirmar e validar os resultados obtidos por outras técnicas de análise de proteínas, como a técnica de imunoprecipitação.

O Western blot é uma técnica versátil e altamente sensível, permitindo a detecção específica de proteínas em amostras complexas. Apesar de ser uma ferramenta valiosa, é importante ressaltar que sua interpretação requer conhecimento técnico e cuidados adequados para evitar resultados falsos-positivos ou falsos-negativos.

Referência bibliográfica:

HARRIS, Daniel C. Análise química quantitativa. 8. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2012.

HOLLER, F. James; SKOOG, Douglas A.; CROUCH, Stanley R. Princípios de análise instrumental. 6. ed. Porto Alegre: Bookman, 2009.