Soro e plasma: é tudo a mesma coisa?
Durante as aulas da faculdade, provavelmente você já ouviu falar de soro e plasma. Embora esses dois componentes sejam obtidos do sangue, soro e plasma têm diferenças importantes. Segue o fluxo para entender.
O que é soro?
O soro é a porção líquida e amarelada do sangue que se separa após a formação do coágulo. Essa separação pode acontecer por centrifugação ou por repouso após a coleta no tubo de soro, que é um tubo “seco”, ou seja, sem anticoagulante. O soro possui eletrólitos, proteínas, lipídios, hormônios, anticorpos e metabólitos. No entanto, o fator de coagulação fibrinogênio está ausente no soro.
Se você não lembra o que é e de onde vem o fibrinogênio, clique aqui para ver nosso post sobre cascata de coagulação.
E o plasma?
O plasma, por outro lado, é a porção líquida e amarelada do sangue que contém também eletrólitos, proteínas, lipídeos, hormônio, anticorpos e metabólitos, porém, contém fatores de coagulação. A obtenção do plasma ocorre através da centrifugação do sangue coletado em um tubo contendo anticoagulante (EDTA, citrato, fluoreto ou heparina). Após a centrifugação, o plasma permanece na parte superior, as hemácias se separam e ficam na parte inferior, enquanto os leucócitos ficam entre essas duas fases.
Resumindo então:
A principal diferença entre soro e plasma está na coagulação. O plasma contém fatores de coagulação, enquanto o soro é obtido após a coagulação e não contém fibrinogênio, um fator essencial para a formação do coágulo sanguíneo.
Quando o soro e plasma são utilizados?
Os exames laboratoriais bioquímicos utilizam amplamente o soro para avaliar a função renal, hepática, cardíaca e metabólica, além de verificar os níveis de proteínas e eletrólitos. As transfusões sanguíneas frequentemente utilizam o plasma, pois ele contém todas as células sanguíneas e fatores de coagulação necessários.
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Referências bibliográficas:
Kostić, N., Jeremić, J., Veljković, D., et al. Differences between Serum and Plasma in the Determination of Biochemical Parameters of Metabolic Syndrome. Journal of Medical Biochemistry, v. 35, n. 4, p. 375-382, 2016.