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Quais as funções dos neutrófilos?

Os neutrófilos são um tipo de leucócito que desempenham um papel crucial no sistema imunológico, especialmente como parte da resposta imunológica inata. Em resumo, eles são a linha de frente da defesa contra infecções bacterianas e fúngicas, agindo rapidamente para combater invasores e ajudar a manter a saúde do corpo. Vamos explorar as funções dos neutrófilos em detalhes.

Características gerais dos neutrófilos:

  1. Origem e circulação: Em suma, os neutrófilos são originários da medula óssea, onde são produzidos a partir de células-tronco hematopoéticas. Uma vez maduros, eles entram na circulação sanguínea, onde permanecem por cerca de 6 a 8 horas antes de migrar para os tecidos.
  2. Vida útil curta: Os neutrófilos têm uma vida útil curta, sobrevivendo de 1 a 2 dias após migrar para os tecidos. Eles são continuamente produzidos para manter um suprimento constante no sangue.
  3. Quantidade abundante: Os neutrófilos são o tipo de leucócito mais abundante no sangue, representando cerca de 50% a 70% de todos os glóbulos brancos.

Funções dos neutrófilos:

  1. Fagocitose: Dentre as funções dos neutrófilos, a principal é a fagocitose, o processo de englobar e destruir patógenos como bactérias e fungos. Após capturar um microrganismo, o neutrófilo forma um vacúolo fagocítico ao redor dele e digere-o com enzimas lisossômicas.
  2. Resposta inflamatória: Os neutrófilos são os primeiros a chegar ao local de uma lesão ou infecção. Eles são atraídos por sinais químicos liberados por células danificadas ou patógenos. Sua chegada provoca uma resposta inflamatória, incluindo vermelhidão, calor e inchaço.
  3. Liberação de enzimas e radicais livres: Durante a resposta inflamatória, os neutrófilos liberam enzimas e radicais livres de oxigênio para matar patógenos. Esses compostos podem ser tóxicos para microrganismos, mas também podem danificar tecidos circundantes.
  4. Liberação de quimiocinas e citocinas: Os neutrófilos liberam quimiocinas e citocinas que atraem e ativam outras células imunológicas para o local de infecção, ajudando a coordenar a resposta imunológica.
  5. Formação de redes extracelulares de neutrófilos (NETs): Por fim, os neutrófilos podem formar redes de DNA extracelulares conhecidas como NETs. Essas redes capturam e matam patógenos, limitando sua disseminação.

Papel em doenças e condições clínicas:

  1. Doenças autoimunes: Em algumas condições autoimunes, como artrite reumatoide, os neutrófilos podem contribuir para a inflamação e dano tecidual.
  2. Neutropenia: Uma deficiência de neutrófilos pode levar à susceptibilidade a infecções graves.
  3. Sepsis: Em casos de infecção sistêmica grave, como sepsis, a resposta exacerbada dos neutrófilos pode contribuir para danos teciduais e disfunção orgânica.

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Referência bibliográfica:

ABBAS, Abul K.; PILLAI, Shiv; LICHTMAN, Andrew H.. Imunologia celular e molecular. 9 Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2019, 565 p.