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Como é feito o diagnóstico de anemia ferropriva?

Que a anemia ferropriva é caracterizada pela deficiência de ferro você já aprendeu nas aulas de hematologia… mas como é feito o diagnóstico da anemia ferropriva? A deficiência de ferro presente na anemia ferropriva leva à uma diminuição na produção de hemoglobina e, consequentemente, a uma redução na capacidade do sangue transportar oxigênio para os tecidos. Esse é um dos tipos mais comuns de anemia em todo o mundo e pode afetar indivíduos de todas as faixas etárias. O diagnóstico é fundamental para o manejo correto dos pacientes, e os exames que são solicitados para esse diagnóstico descobriremos a seguir:

Hemograma

O hemograma é frequentemente o primeiro passo no diagnóstico da anemia ferropriva. Em resumo, ele fornece informações sobre a contagem de hemácias, hemoglobina, hematócrito e volume corpuscular médio (VCM) das hemácias. Isso porque, na anemia ferropriva, é comum observar uma diminuição nos valores desses parâmetros.

O VCM reduzido significa que as hemáticas estão menores do que o normal. Essa diminuição ocorre porque a produção de hemoglobina está comprometida devido à falta de ferro. Por fim, o hematócrito indica a porcetagem de hemácias no sangue total. Esse número pode estar reduzido na anemia ferropriva, portanto, o hematócrito também tende a diminuir.

Ferritina Sérica

Os níveis de ferritina sérica refletem a quantidade de ferro armazenada no organismo. Em indivíduos saudáveis, a medula óssea, o baço e o fígado produzem e armazenam a ferritina. Na anemia ferropriva, onde há uma deficiência de ferro, as reservas de ferro armazenadas na forma de ferritina diminuem significativamente. Portanto, a avaliação da ferritina sérica oferece uma medida direta das reservas de ferro disponíveis tanto para escolha de tratamento quanto para acompanhamento clínico.

Capacidade Total de Ligação de Ferro (TIBC)

O TIBC mede a quantidade de transferrina disponível no sangue, que é uma proteína responsável por transportar o ferro do trato gastrointestinal para os tecidos, incluindo a medula óssea. Esse ferro será então utilizado para produção de hemoglobina. Na anemia ferropriva, a quantidade de ferro disponível para ser transportada pela transferrina é reduzida devido à falta de ferro ingerido/absorvido, levando a um aumento na capacidade total de ligação de ferro

Portanto, O TIBC mede a quantidade total de transferrina disponível para se ligar ao ferro. Na anemia ferropriva, os níveis de transferrina podem estar elevados, enquanto o TIBC também pode estar aumentado devido à falta de ferro. O TIBC também é útil para diferenciar a anemia ferropriva de outras anemias, como a anemia induzida por inflamação. Em algumas condições inflamatórias, os níveis de transferrina podem estar reduzidos, levando a uma capacidade total de ligação de ferro diminuída. Na anemia ferropriva, os níveis de transferrina frequentemente estão normais ou elevados, mas a capacidade de ligação não é completamente preenchida devido à falta de ferro.

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Saturação de Transferrina com Ferro (TSAT)

A disponibilidade de ferro a ser transportado pela transferrina é indicada diretamente pela TSAT. Em suma, o TSAT mede a quantidade de ferro que está sendo efetivamente transportada para as células para ser utilizado na produção de hemoglobina e outras funções vitais. Na anemia ferropriva, a deficiência de ferro reduz a capacidade de saturação da transferrina com ferro.

A TSAT também pode fornecer informações sobre a gravidade da anemia ferropriva. Quanto mais baixa a TSAT, maior a probabilidade de que a deficiência de ferro esteja impactando significativamente a produção de hemoglobina e, consequentemente, a capacidade do sangue de transportar oxigênio.

Em situações mais complexas ou quando o diagnóstico não é claro, outros exames podem ser considerados, como a aspiração de medula óssea para avaliar a produção de células sanguíneas e a presença de ferro, além de exames que descartem outras possíveis causas de anemia, como a anemia causada por inflamação.

Lembrando que o diagnóstico da anemia ferropriva não deve ser baseado em um único exame, mas sim em uma avaliação completa que leve em consideração os resultados clínicos, os exames laboratoriais e o histórico médico do paciente. tratamento personalizado.

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Referências Bibliográficas:

Cullis, J. O. Diagnosis and management of iron deficiency anaemia. Best Practice & Research Clinical Haematology, v. 28, n. 3, p. 313-326, 2015.