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Como funciona a cascata de coagulação?

Já estudou a cascata de coagulação nas aulas de patologia? Sabe como ela funciona? Antes de mais nada é preciso entender que a cascata de coagulação está intimamente ligada a hemostasia e envolve uma série de uma série de reações enzimáticas, proteínas e cofatores. Em suma, ocorre a ativação desses componentes de forma sequencial e ordenada com o objetivo de formar fibrina, um componente fundamental do tampão hemostatico. Se você não lembra o que é hemostasia e tampão plaquetário, clique nesse link para conferir.

Antes de entender como a cascata de coagulação funciona, é muito importante saber que ela pode se iniciar de duas formas: pela via intrínseca ou pela via extrínseca. De forma geral, in vivo ocorre a ativção de ambas as vias simultaneamente.

A Via Intrínseca

A cascata de coagulação se iniciará por essa via quando as plaquetas entram em contato com o colágeno exposto após uma lesão vascular. Dessa forma, os fatores de coagulação circulantes, como o fator XII é ativado, ativando o fator XI que ativa o fator IX. O fator IX ativado por sua vez ativa o fator XIII que é responsável por ativar o fator X, processo esse dependente de cálcio. A partir dai tem-se a conversão de pró-trombina em trombina, e a trombina por sua vez, é responsável por converter fibrinogênio em fibrina.

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A Via Extrínseca

Essa via é conhecida por ser mais “curta”, pois envolve menos reações. É iniciada por substâncias liberadas pelos tecidos danificados, como o fator tecidual (também chamado de tromboplastina). Dessa forma, o fator tecidual ativado converte o fator X em sua forma ativa. A partir da ativação do fator X, as reações que são geradas são comuns às duas vias, processo esse que já foi descrito na via intrínseca.

Além disso, é importante salientar que todas as reações descritas dependem sempre de uma enzima (o fator), um substrato e um cofator.

Por outro lado, é fundamental que haja um equilíbrio na ativação da cascata de coagulação. Algumas condições genéticas, por exemplo, a hemofilia, resultam em deficiências nos fatores de coagulação, tornando a cascata menos eficiente. Por outro lado, uma hiperativação pode levar a formação de trombos.

a imagem mostra as duas vias da cascata de coagulação

Viu só como a cascata de coagulação não é um bicho de sete cabeças?

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Referências bibliográficas:

BRASILEIRO FILHO, G. Bogliolo. Patologia Geral. 9ª edição. Editora Guanabara. Koogan S.A., Rio de Janeiro, RJ, 2016.

KUMAR, V.; et al. Robbins: patologia básica. 9.ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2013. 928 p