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Câncer de mama: prevenção, diagnóstico e tratamento

O câncer de mama é uma das neoplasias mais comuns entre as mulheres em todo o mundo, mas também é um dos tipos de câncer com maiores chances de cura, especialmente quando detectado precocemente. As estratégias de prevenção, diagnóstico e tratamento têm evoluído significativamente, aumentando as taxas de sobrevida e a qualidade de vida das pacientes. Vamos explorar cada uma dessas abordagens.

Prevenção do câncer de mama

Embora não seja possível prevenir completamente o câncer de mama, algumas ações podem reduzir o risco de seu desenvolvimento. Há dois tipos de prevenção: primária e secundária.

A prevenção primária envolve mudanças no estilo de vida que podem reduzir a probabilidade de surgimento da doença. Isso inclui:

  • Manter um peso saudável: O excesso de peso, principalmente após a menopausa, está associado a um aumento do risco de câncer de mama devido aos níveis mais altos de estrógeno presentes em células de gordura.
  • Praticar atividade física regularmente: Estudos indicam que a prática de exercícios físicos pode reduzir o risco de câncer de mama em até 20%. O exercício ajuda a manter os níveis hormonais equilibrados e o peso sob controle.
  • Alimentação equilibrada: Uma dieta rica em frutas, vegetais, fibras e com baixa ingestão de gorduras saturadas pode ser benéfica.
  • Reduzir o consumo de álcool: O consumo excessivo de álcool está ligado a um aumento do risco de câncer de mama, devido à sua capacidade de elevar os níveis de estrogênio.
  • Evitar o uso de terapias hormonais prolongadas: Terapias de reposição hormonal, especialmente aquelas que combinam estrogênio e progesterona, podem aumentar o risco de câncer de mama, especialmente se usadas por longos períodos.

A prevenção secundária inclui a detecção precoce através de exames regulares. A mamografia é o método mais eficaz de rastreamento, recomendada anualmente ou bienalmente para mulheres a partir dos 40 a 50 anos, dependendo das orientações nacionais.

Diagnóstico do câncer de mama

O diagnóstico precoce é crucial para melhorar as chances de cura do câncer de mama. Existem várias formas de detectar a doença, e quanto mais cedo for identificada, mais eficaz será o tratamento.

  • Autoexame de mama: Embora não substitua exames clínicos, o autoexame é uma prática importante para o reconhecimento de alterações nas mamas. Alterações como nódulos, deformações, secreções e alterações na pele devem ser investigadas.
  • Mamografia: É o principal método de diagnóstico, utilizando raios-X para detectar anomalias na mama que podem ser indicativas de câncer, mesmo em fases iniciais.
  • Ultrassonografia mamária: Utilizada em mulheres mais jovens ou para complementar a mamografia, a ultrassonografia pode ajudar a diferenciar nódulos sólidos de cistos.
  • Ressonância magnética (RM): Indicada para mulheres com alto risco de câncer de mama (como aquelas com mutações nos genes BRCA1 ou BRCA2), a RM é uma ferramenta mais sensível que a mamografia.
  • Biópsia: Se uma anomalia for detectada, uma biópsia será necessária para confirmar o diagnóstico. Esse procedimento remove uma amostra do tecido suspeito para análise microscópica.

Tratamento do câncer de mama

O tratamento do câncer de mama varia de acordo com o estágio da doença, suas características moleculares e o estado geral da paciente. As principais opções de tratamento incluem:

  • Cirurgia: Dependendo do tamanho e da localização do tumor, pode ser feita uma mastectomia (remoção completa da mama) ou uma cirurgia conservadora (como a tumorectomia, que remove apenas a parte afetada). A cirurgia é muitas vezes o primeiro passo no tratamento.
  • Radioterapia: A radioterapia é usada para destruir células cancerígenas remanescentes após a cirurgia, reduzindo o risco de recorrência local. É comum após cirurgias conservadoras.
  • Quimioterapia: A quimioterapia pode ser administrada antes (neoadjuvante) ou após (adjuvante) a cirurgia, com o objetivo de reduzir o tumor ou destruir células cancerosas que possam ter se espalhado.
  • Terapia hormonal: Em tumores que expressam receptores hormonais, a terapia hormonal (com tamoxifeno ou inibidores de aromatase) é eficaz para bloquear os hormônios que estimulam o crescimento do tumor.
  • Terapias-alvo: Tumores HER2-positivos podem ser tratados com terapias que bloqueiam a proteína HER2, como o trastuzumabe, melhorando significativamente o prognóstico.
  • Imunoterapia: Para casos de câncer de mama triplo-negativo, imunoterapias estão sendo estudadas e utilizadas como uma opção promissora para estimular o sistema imunológico a combater o tumor.

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Referência bibliográfica:

KUMAR, V. et al. Robbins patologia básica.9ª Edição. Rio de Janeiro: Elsevier, 2013.

BOGLIOLO, L. Patologia Geral. 5ª Edição. 2013. Guanabara Koogan.